De Berlim, com nosso correspondente internacional Hans Chucrute
Quem quer ser pai ou mãe de pet na Alemanha, e tem um pouco de dó do seu próprio bolso, tá preferindo cuidar de uma garrafa pet em vez de um cachorro.
Isso porque em algumas cidades, como Frankfurt e Berlim, é cobrado uma espécie de imposto anual sobre estes animais de quatro patas. Quando ele chega a três meses de idade, é obrigatório ao tutor (ou dono do cachorro) que o coloque no cadastro canino municipal. E se o humano resolve ter mais de um cachorro, o valor do impostinho aumenta.
A taxa cobrada em Berlim é de € 120 (ou R$ 731), enquanto que em Frankfurt chega a € 102 (ou R$ 621)... Por cachorro! Se for mais de um, aí passa a ser cobrada uma taxação de € 180 (ou R$ 1.097) e, a depender da raça do "melhor amigo do homem", o cidadão é obrigado a desembolsar até € 1.056 (ou R$ 6.438). Quase cinco salários mínimos brasileiros pra pagar pela porra dum cachorro... Por isso, eu prefiro gatos: além deles serem mais legais e menos grudentos, não geram esse custo, pois não são taxados na Alemanha!
O registro online do contribuinte que late custa R$ 106. A partir daí, ele passa a ser identificado com um chip para que o governo possa fazer um controle dos pets e de seus donos. E ainda há por fora um seguro de responsabilidade civil que também deve ser pago periodicamente. Se alguém não ficar com seu imposto em dia, a carrocinha pode chegar em sua casa de repente com a Receita Federal pra fazer uma visitinha.
Obviamente existem as exceções: donos de cachorros que estão desempregados ou são de baixa renda, além de cachorros resgatados e cães-guia recebem isenções fiscais. No Brasil, ainda não existe esse tipo de cobrança de imposto, embora alguns cachorros tenham recebido recentemente algumas isenções fiscais milionárias... Mas isso é uma cachorrada totalmente diferente!