Antes de iniciarmos a destrinchar sobre a manchete, vale aqui um breve esclarecimento: se você estranhou a ausência de postagens neste site nos últimos 30 dias, calma. A gente não havia sido suspenso: foi só falta de tempo, já que com a cobertura das eleições municipais, o editor deste site precisou focar seu trabalho no site do Podcast Cafezinho. Dito isto, vamos à notícia.
O ano de 2024 tem sido o ano dos grandes acordos. Em setembro, a Televisa e o Grupo Chespirito entraram em acordo após quatro anos de impasse e, assim, as exibições de Chaves e Chapolin no mundo todo puderam voltar a ocorrer na TV. O SBT, por exemplo, volta a colocar os programas em sua grade já neste sábado.
E nesta terça-feira, mais um "acordo" que parecia impossível, assim podemos dizer, foi firmado. O empresário Elon Musk, dono do X, finalmente pagou as tais multas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal, nomeou uma nova representante legal para a empresa no Brasil e bloqueou perfis considerados antidemocráticos pelo ministro Alexandre de Moraes. Com isso, o bloqueio da rede social (que ocorreu em 31 de agosto) pode, finalmente, ser encerrado. O magistrado, inclusive, já pediu à Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) para que o desbloqueio seja feito em até 24 horas.
É claro que esse "acordo" se trata mais do Xandão dizendo ao Musk: "ou você faz o que eu mandei, ou não tem desbloqueio", mas se ele concordou com isso, legalmente falando, o acordo existe.
Com isso, mais de 20 milhões de usuários poderão voltar a acessar o X em todo o território nacional. É muito desocupado no país, não? E aí incluímos o editor deste site também...
Os perfis com foto de anime e foice no nome voltarão a chamar qualquer um daqueles nomes que terminam com "ista" só por discordarem de suas opiniões, os jornalistas voltarão a pegar posts aleatórios para transformar em fatos relevantes a nível nacional (sendo que muitos destes posts não são relevantes nem dentro da própria rede social), as páginas de fofoca nível Choquei voltarão a assassinar reputações de pessoas famosas e anônimas unicamente pelo engajamento...
Enfim, era melhor o ministro ter mantido a proibição.