KV Oostende tinha 120 anos e não resistiu a uma dívida de mais de R$ 1 milhão no último dia 14 de maio (Foto: Reprodução/ Portal Metrópoles) |
"Morreu" no dia 14 de maio, aos 120 anos, o KV Oostende: considerado o "time do povo" da Bélgica. Ele sofria de uma dívida de 232 mil euros (mais de R$ 1 milhão) e não resistiu a um processo de falência.
Torcedores compareceram em peso ao estádio Albertparkstadion, ou Albertão, na cidade belga de Oostende, para o velório do clube.
Em 2017, um empresário chamado Paul Conway comprou o KV Oostende e prometeu levá-lo ao topo da Europa com recordes de valores de patrocínio e contratações maiores que as do Real Madrid. A Justiça belga descobriu diversos relatórios financeiros completamente adulterados durante sua gestão, especialmente nos anos de 2018 e 2021. O time, nesta temporada, disputava a segunda divisão do Campeonato Belga e estava na 13ª posição. Seu maior trunfo em 120 anos de história foi a participação numa pré-eliminatória da UEFA Europa League 2017/2018, quando levou de 4 (a 2) do Olympique de Marseille.
Para que o KV Oostende tivesse uma sobrevida, seria necessário quitar todas as dívidas até o final deste mês, mas ele não conseguiu resistir. Paul, o dono, chegou a ser trancado dentro de uma sala por torcedores, incrédulos com o falecimento tão repentino do clube.
Essa doença é mais comum do que se imagina entre times de futebol. Seu tratamento é muito invasivo e pode levar até anos para a sua completa cura.
Aqui no Brasil, temos o KV Oostende de Itaquera, que se encontra neste exato momento em estado grave. Com uma dívida de mais de R$ 2,1 bilhões, atraso no pagamento de funcionários, impedido de usar seu próprio hino por não ter os direitos de propriedade da música, condenado em um processo por usar sem autorização uma música do Tim Maia, saída do goleiro que foi titular por 12 anos e do reserva também, saída do patrocinador master, ameaça de transfer ban por causa do não pagamento na compra de um jogador do Santos... Laguna, dentre outros sintomas.
É uma questão de tempo, segundo os especialistas, para que esta cena (prevista pelo genial Milton Neves em 2007) ocorra de verdade.
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